quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

IDEIAS INCONTIDAS...

http://www.uberlandiadeontemesempre.com.br/v5/default.asp?VideoID=541&programaID=190

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Está chegando o final do ano...

E é hora de celebrar os resultados



O Projeto Histórias de Quintal, realizado pelo Instituto Algar e pelo EMCANTAR no Programa Algar Tranforma, constitui-se como um processo de Educação Socioambiental pautado no despertar da sensibilidade e da percepção de pertencimento do indivíduo a seus espaços de convivência, estimulando a prática cotidiana de pequenas ações e posturas cuidadosas com o meio ambiente, a fim de contribuir para a minimização de impactos socioambientais. O projeto acontece por meio de oficinas com crianças e adolescentes de 07 a 14 anos de bairros periféricos de Uberlândia-MG.Tem como foco a disseminação da Pedagogia dos 4Rs (repensar, reduzir, reutilizar e reciclar), fundamentada nas Três Ecologias (individual, social e ambiental) e em suas interrelações. O principal resultado é a Agenda de Boas Atitudes, caderno que registra as atividades realizadas e dicas para um relacionamento mais cuidadoso com o meio ambiente.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Viva a Cultura Viva


http://www.culturavivacomunitaria.org

EM TUDO ESTÁ PERDIDO, IRMÃO!
título de poema de Solano Trindade)

Enquanto a incompreensão, o despreparo, a insensibilidade.
Enquanto as mesquinharias e politicagens.
Enquanto o conservadorismo de visão e posturas.
Enquanto as cabeças colonizadas pensam com a cabeça do colonizador.

Enquanto tudo isso age junto.
Desqualifica demonta destroi
desamina amesquinha
reduz oprime entristece.

Nem tudo está perdido, irmão!
Se não podemos fazer aqui
faremos acolá!
Gracias a los hermanos de América Latina

Não há nada mais forte que as ideias cujo tempo chegou
(Victor Hugo)

À quem puder divulgar em todas as suas redes e por todos os meios, agradeço. A ata está abaixo, em abril de 2012 toda a América Latina vai se levantar pela Cultura Viva. E em 2013, conforme proposta da Secretaria Geral dos Estados IberoAmericanos ,o tema exclusivo do V Congresso de Cultura IberoAmericana será o Cultura Viva. Neste ano viajei muito por países da América Latina e também Europa, sempre muito bem recebido, não só por Organizações Culturais Comunitárias (como os Pontos de Cultura daqui) como também governos, universidades, museus e centros culturais e tenho que compartilhar este momento sensível (em que a política tem me imposto um quase exílio de meu amado país) em vivenciar o momento em que os pontos se espalham! Que floresçam e brotem como nunca se viu! Viva a Cultura Viva a unir os povos!

Célio Turino
Ex-secretário de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura.
Idealizador e gestor dos Programas Cultura Viva e Mais Cultura

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

ABERTURA DO CURSO DE MOBILIDADE URBANA SERÁ NESTA SEXTA-FEIRA NA UFU

*Evento aberto ao público

Acontece nesta sexta-feira, dia 02/09/2011, às 19 horas, no auditório do Bloco 3Q do campus Santa Mônica da Universidade Federal de Uberlândia, a abertura do CURSO DE MOBILIDADE URBANA - Pessoas com mobilidade reduzida.

A Mesa-Redonda de abertura abordará o tema "Estatuto da cidade e Plano Diretor – mobilidade", com os seguintes palestrantes:


- Vitor Ribeiro Filho, professor do Instituto de Geografia da UFU (Coordenador)
- Geraldo Alves de Souza, professor da Universidade Federal do Amazonas - UFAM
- Idari Alves da Silva, coordenador do Núcleo de Acessibilidade - Secretaria Municipal de Planejamento Urbano - PMU
- William Rodrigues Ferreira - professor do Instituto de Geografia da UFU

O Curso de Mobilidade é uma realização do Instituto de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia, com recursos oriundos de emenda parlamentar do deputado federal Gilmar Machado, em parceria do Movimento Cidade Futura.

HAVERÁ CERTIFICADO PARA OS PARTICIPANTES

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Criatividade

Exercícios de Definição:

"Encontrar soluções alternativas e inteligentes para grandes problemas."
"Habilidade de ser ousado"
"Exercício de arriscar-se em prol de algo..."



O ser humano pode ser tão criativo, mas tem dificuldades de rever seus hábitos de destruição a favor de hábitos de criação, coletividade, sustentabilidade, amor...

Belo exemplo esse, não é?!

domingo, 28 de agosto de 2011

Pontos de Cultura movimentam Brasília em defesa do Programa Cultura Viva

por Uirá Porã, segunda, 22 de agosto de 2011 às 18:13
Alexandre Santini relata, a seguir, como foi o ato na Câmara dos Deputados no último dia 16 de agosto
*Veiculado por email.


Representantes do Movimento nacional dos Pontos de Cultura participaram de ato na Câmara dos Deputados em defesa da aprovação das pautas da cultura no Congresso Nacional e contra os cortes orçamentários na área. A manifestação, convocada pela Frente Parlamentar em Defesa da Cultura, contou com a presença de diversos parlamentares da Câmara e do Senado, artistas, intelectuais e representantes dos movimentos culturais, além do Secretário Executivo do MinC, Vitor Ortiz, e do Presidente da FUNARTE, Antônio Grassi. Entre os representantes dos pontos de cultura presentes estavam Patrícia Ferraz (GO), Marcelo das Histórias (SP), Alexandre Santini (RJ), Mateus Guimarães e Leonardo Barbosa (DF).

Lei Cultura Viva e Lei Griô
Os ponteiros presentes destacaram em sua participação no ato a importância de acelerar a tramitação da Lei Cultura Viva, ( PL 757/2011) que estabelece os pontos de cultura e o programa Cultura Viva como política de estado, e o PL 1786/2011, que institui a política nacional Griô, de preservação e difusão da cultura popular e de tradição oral no Brasil.

Estes Projetos de Lei foram apresentados no primeiro semestre deste ano e tramitam no congresso nacional. O relator deste projeto na Comissão de Educação e Cultura será o deputado federal Nazareno Fontenelle (PT/PI). O movimento nacional dos pontos de cultura já apresentou ao parlamentar a proposta, deliberada pela caravana nacional dos pontos de cultura a Brasilia (maio de 2011), de convocação de audiências públicas em diversos estados do país para consulta, debate e aperfeiçoamento do PL Cultura Viva.

A Lei Griô Nacional, fruto de ampla mobilização popular, foi apresentada ao Congresso assinada pelos 24 parlamentares que compõem a executiva da Frente Parlamentar de Cultura, e terá como relator o deputado Emiliano José (PT/BA).

Segundo a Deputada Jandira Feghali (PCdoB), presidente da Frente Parlamentar de Cultura, “esta são pautas que interessam ao povo brasileiro, interessam à vida das pessoas, e devem ser tratadas com a prioridade que merecem pelo legislativo e pelos gestores públicos de cultura".

Para um dos representantes do movimento nacional dos pontos de cultura presentes ao ato, Marcelo das Histórias, os pontos de cultura contribuem para a ampliação da base social que discute políticas culturais no Brasil, abosorvendo pautas que antes ficavam restritas apenas ao meio artístico: “é preciso envolver nesta discussão de políticas culturais as nossas matrizes negras, indígenas, quilombolas, a diversidade cultural brasileira. A cultura pode ser uma ferramenta extremamente eficaz no desafio da erradicação da miséria no Brasil.”

Prioridades da Cultura
Entre os projetos de interesse da cultura que tramitam no Congresso Nacional estão o PL 5789/09, que cria o Vale Cultura. O Presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, esteve presente no ato e afirmou que o Vale Cultura deve ser votado e aprovado pelo Congresso Nacional até o final do ano. De autoria do Executivo, a proposta do Vale Cultura foi aprovada pela Câmara em 2009, mas precisará ser analisada de novo por ter sido alterada no Senado. A Deputada Fátima Bezerra (PT/RN), Presidente da Comissão de Educação e Cultura da Câmara e integrante da Frente Parlamentar de Cultura, afirmou: “É inaceitável que esta Casa até o presente momento não tenha consolidado a aprovação do vale-cultura.”

Outras prioridades lembradas no ato foram a PEC 150/03, que vincula recursos orçamentários para a Cultura, em nível federal, nos estados e municípios. O Cantor Roberto Frejat defendeu a PEC 150 e afirmou: “O orçamento da cultura foi reduzido e contingenciado por muitos anos, e por isso é muito importante que haja a vinculação de uma porcentagem orçamentária para a cultura.” Também tramitam no Congresso Nacional as PECs 98/07, conhecida como a PEC da Música e que garante isenção fiscal para o mercado musical, e a PEC 416/05, que cria o Sistema Nacional de Cultura e estabelece responsabilidades e atribuições dos entes públicos para a área. A aprovação de emendas constitucionais exigem a votação de três quintos do Congresso para serem aprovadas, e neste sentido a Frente Parlamentar de Cultura pretende buscar um acordo com os líderes partidários para garantir a votação e aprovação destas propostas. Já o Programa Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura (PROCULTURA) que altera as regras de financiamento do setor, e atualmente aguarda votação na Comissão de Finanças e Tributação.

Os movimentos culturais presentes ao ato cobraram do Ministério da Cultura o envio ao Congresso do Projeto de Reforma da Lei dos Direitos Autorais: “O Brasil não pode mais obedecer a uma lei ultrapassada e que não dialoga com o novo cenário tecnológico de distribuição dos conteúdos culturais. Queremos que o MinC envie o quanto antes o anteprojeto de reforma da LDA ao Congresso Nacional, para que possa ser debatido pelo legislativo e pela sociedade, pois este é o lugar do debate democrático”, afirmou a produtora e musical e integrante do conselho consultivo da Frente Parlamentar, Cristina Saraiva. O Secretário Executivo do MinC, Vitor Ortiz, afirmou que o projeto se encontra em análise por um grupo de trabalho interministerial, e que a Ministra da Cultura Ana de Hollanda pediu celeridade no envio da proposta ao Congresso Nacional.

No meio da loucura, passando para dar "o ar da graça"

ESPERANÇA
Banda de Pau e Corda


Mas há de vir tempo bom
Aliviando esta dor
Pois quem cultiva a esperança
Rega em seu peito uma flor

http://www.vagalume.com.br/banda-de-pau-e-corda/esperanca.html#ixzz1WM5sw9GN

domingo, 31 de julho de 2011

Eu amo esses pequenos!

Um pouco do que aconteceu no Projeto Curupira no I semestre de 2011



quinta-feira, 28 de julho de 2011

Depois de 15 anos, um emocionante (re)encontro

No início de julho recebi um email daqueles que vc lê e pensa: será que é verdade?!
Show com Milton Nascimento em Araxá-MG.

Nossa... "Bora pra Araxá"! Há pouco mais de 200km de distância poder ter a oportunidade e o privilégio de ouvir ao vivo e a cores o grande Milton Nascimento.... de Maria Maria, Ponta de Areia, Coração Civil, entre outros.
Sem pensar duas vezes, rumamos para Araxá. Sim! Rumanos! Como era de se esperar, meus amigos do EMCANTAR foram também.

E estávamos lá, há algum tempo depois, relebrando juntos o princípio.

E, na ocasião, não podíamos deixar de contar àquela estrela quão importante era sua influência para a constituição de um grupo no Triângulo Mineiro, que está há 15 anos plantando arte, cultura, educação, alegria e cidadania por aqui, e "esperando pelos frutos no quintal".

Com a autorização do autor, publico aqui a carta que Marco Aurélio Querubim entregou em mãos ao Milton, como forma também de celebrar essa história!

Araguari-MG, 14 de julho de 2011.

Querido Milton Nascimento

Desde a infância que venho sendo incrivelmente impactado pela musicalidade e poesia da sua obra, mas, no final de 1996, fui presenteado com o seu disco Amigo e o rumo da minha vida foi radicalmente reconfigurado a partir de então. Na época, eu finalizava um projeto de canto gregoriano com jovens da minha cidade quando, sob a influência do seu cantar com as crianças de Divinópolis, bateu a ideia de reunir meninos e meninas da minha vizinhança para também cantar música brasileira no coroamento da última apresentação daquele projeto.

Até aí, era pra ser uma única ação cultural, mas a experiência de realização coletiva e a reação do público que foi para assistir inicialmente ao canto gregoriano na Igreja de Fátima desencadearam o encantamento de todos nós e uma série de convites para novas apresentações além das fronteiras da nossa cidade. Tudo aquilo me levava a perceber que havia algo mais que um coral no meu encontro com aquelas treze crianças. Havia uma perspectiva de formação humana que atraía novas crianças, famílias inteiras e educadores desejosos de oferecer às suas escolas um pouco da brincadeira que a gente estava aprendendo a fazer.

Levamos a experiência e a vontade para dentro de escolas públicas, formamos grupos com a comunidade e alavancamos a oportunidade de gravar um CD. O dinheiro era curto, mas acreditei na pureza da intenção e pedi liberação de direitos para os autores. Com a sua editora consegui a cessão para gravarmos Benke, Cio da terra e Coração civil. Esta última passou a ser uma espécie de hino da esperança que nutria a nossa própria utopia que batizamos com o nome de EMCANTAR.

O tempo passou, permanecemos juntos e realizamos cerca de 600 apresentações em várias cidades e estados brasileiros para mais de 45000 pessoas; 04 álbuns gravados; dezenas de projetos de arte-educação envolvendo 20.000 alunos e 3.000 educadores. Profissionalizamos nossa atuação e hoje, além de sermos um dos poucos Pontos de Cultura da região, somos uma instituição que mantém um grupo de artistas-educadores com dedicação exclusiva ao nosso empreendimento.

Há muitos anos, ensaio de lhe contar essa história. Eu apenas queria que você soubesse do que sua música despertou e nutriu nesse punhado de gente aqui do bico de Minas que fez de um despretensioso encontro para cantar o projeto de suas vidas. Atualmente, além de trabalhar com 500 crianças da periferia de Uberlândia e Araguari, preparamos para 2012 o lançamento do álbum Escutatória, nosso mais novo CD. Faço questão de presentear-lhe com uma cópia do disco pronto que chegou ontem às minhas mãos. Ofereço-lhe também o conjunto dos demais álbuns produzidos em nossa caminhada. Espero que aprecie.

Caso tenha interesse por conhecer mais sobre toda essa história que você fecundou e que nos mantém juntos há quinze anos semeando música, arte, alegria e desenvolvimento humano, estamos à disposição para retribuir com uma boa prosa.

A você, amigo, gratidão sem reservas, um grande abraço e que Deus continue a iluminar sua existência.
“... e esperar pelos frutos no quintal.”

Marco Aurélio Querubim

quarta-feira, 13 de julho de 2011

EMCANTAR comemora seu 15º ano de existência com muito Parangolé....

Em 2010, o EMCANTAR iniciou sua turnê nacional com PARANGOLÉ - Canções e Brincadeiras, desenvolvendo oficinas, exibição do filme e realizando o musical Parangolé.
Essa grande aventura dos brincantes encerrou-se em maio de 2011, em Uberlândia.

Vejam o vídeo, que simboliza a comemoração de 15 anos de história:

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Projeto Parangolé com Crianças faz sua primeira apresentação artística nesta sexta

Espetáculo acontecerá durante o Arraiá do Programa Algar Transforma e é apresentado pelo Ministério da Cultura e Instituto Algar através da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).
Fonte: Ciclo Assessoria

No próximo dia 01 de julho, os meninos e meninas que participam do Projeto Parangolé com Crianças farão sua primeira apresentação artística. O espetáculo acontecerá no Arraiá do Programa Algar Transforma, evento que vai comemorar, com muita animação, apresentações artísticas e comidas típicas, o encerramento de mais um semestre de trabalho.

A apresentação dos integrantes do Parangolé com Crianças é um dos resultados do projeto de formação cultural no qual é aplicada a tecnologia artístico-educacional Parangolé, uma metodologia desenvolvida pelo EMCANTAR e que faz parte do Guia de Tecnologias Educacionais do MEC 2010.

“Os participantes do projeto Parangolé com Crianças irão celebrar neste evento os primeiros resultados das oficinas. As brincadeiras como Escravos de Jó e Corre Cutia farão parte do repertório do qual as próprias crianças foram as protagonistas no processo de criação e construção dos números artísticos”, afirma Viviane Alves, oficineira do projeto.

O público esperado para o evento serão os próprios participantes do Programa e seus familiares, que somam cerca de 600 pessoas atendidas direta e indiretamente em projetos de literatura, artes integradas, cultura digital e meio ambiente.

“A ideia do evento é aproveitar uma comemoração típica de nossa região para aproximar a comunidade das ações que acontecem no Programa Algar Transforma. Será uma oportunidade para apresentar aos familiares e parceiros, os primeiros resultados do trabalho. Em especial, para os participantes do Projeto Parangolé com Crianças, essa ação complementará o processo de formação artística, pois apresentando um "pocket show" os pequenos terão contato com microfone, palco e plateia”, diz Ana Carolina Ferreira, do EMCANTAR.

O Arraiá do Programa Algar Transforma acontecerá entre 14h30 e 17h, no CESAG, que fica à Rua Maria Augusta de Morais, 04, no bairro Alvorada.

As oficinas do Parangolé com Crianças acontecem todas as 3ª e 4ª feiras no Cesag, com 120 crianças, e têm como objetivo a vivência e a disseminação de brincadeiras da cultura popular.

Sobre o Instituto Algar
Algar acredita que a educação é o caminho que vai levar o Brasil a uma realidade melhor. É por isso que, desde 1994, o Grupo investe em programas sociais voltados à comunidade, com objetivo de contribuir para a melhoria da qualidade da educação brasileira. Essa decisão da Algar é operacionalizada, desde 2002, pelo Instituto Algar e reflete o compromisso com a sustentabilidade, que permeia todas as ações do Grupo. São 3 programas sociais que juntos chegam a 10 cidades, 108 escolas, 10,8 mil alunos e 492 educadores e a participação voluntária de 436 associados da Algar.

Para saber mais sobre o projeto Parangolé com Crianças e o Programa Algar Transforma, acesse: www.institutoalgar.org.br/algartransforma
Para notícias sobre o EMCANTAR, acesse www.emcantar.org


Informações

Michele Borges / redator@cicloascom.com / Assessoria de Imprensa do Projeto Parangolé com Crianças
(34) 3235-7826 / 8885-5084
www.cicloascom.com

terça-feira, 28 de junho de 2011

Pontos de Cultura promovem seminário sobre sustentabilidade e cidadania

Entidades discutem a sustentabilidade de suas ações e a importância da cultura no contexto social
Fonte: Comunicação EMCANTAR (www.emcantar.org)

Os Pontos de Cultura do Triângulo Mineiro se movimentam em rede, tecem seus sonhos conjuntamente, partilham aprendizados e consolidam a cultura como bem social.

Foi assim que, mais uma vez, os Pontos de Cultura Trupe de Truões, Pé de Moleque - Dança Cidadã (do grupo Vórtice), EMCANTAR, CIA. Balé de Rua e Moçambique Estrela Guia se reuniram com outros convidados para discutir a sustentabilidade de suas ações e a importância da cultura no contexto social.

O Seminário sobre Sustentabilidade, que aconteceu no último dia 18, contou com a palestra de Marco Aurélio Querubim, músico e fundador do EMCANTAR, que iniciou sua fala compartilhando um pouco da trajetória de 15 anos do EMCANTAR e seus inúmeros desafios. Em sua abordagem, apresentou dados do Ministério da Cultura que revelam quadros de exclusão cultural, no que tange à democratização do acesso a bens culturais. Além dos dados oficiais, Marco Aurélio apresentou também os conceitos autonomia, protagonismo e empoderamento como princípios fundamentais para o fortalecimento dos Pontos de Cultura e de sua ação em rede.

Dando continuidade ao evento, Alessandro Carvalho, cineasta e produtor cultural, discorreu sobre o uso do software livre. Em sua fala, Alessandro definiu o software livre como um mecanismo de "ativismo social e cultural". Segundo ele "software livre é uma questão de liberdade e não de preço, ele permite que o usuário execute um programa, entenda como ele funciona, redistribua cópias e o aperfeiçoe".

Para os participantes, o seminário foi um ótimo momento para trocar experiências e aprender um pouco mais. "Momentos assim demonstram que trabalhar em rede é o melhor caminho para a sustentabilidade das nossas ações", afirmou Ricardo Oliveira, integrante da Trupe de Truões.

Além dos pontos de cultura, outras entidades do setor cultural participaram do seminário, totalizando cerca de 50 pessoas no evento. No calendário da Rede dos Pontos de Cultura do Triângulo Mineiro, uma nova ação de compartilhamento de ideias e ideais está prevista para agosto, com convite estendido a toda comunidade.

Fotos: Calvino - Digiteca

Crianças da periferia vão criar Agenda de Boas Atitudes com o Meio Ambiente

Fonte: Ciclo Assessoria

Todas as quintas e sextas-feiras, cerca de 80 crianças de 7 a 14 anos dos bairros Alvorada, Morumbi, Joana D’arc, São Francisco, Zaire Rezende, Prosperidade, Celebridade e Dom Almir reúnem-se para as oficinas do projeto Histórias de Quintal – uma iniciativa do Instituto Algar com assessoria educacional do EMCANTAR, organização que 2011 está completando 15 anos de atuação nas áreas de educação, cultura e meio ambiente.

Com foco na formação socioambiental dos participantes, os educadores do projeto Histórias de Quintal trabalham com a Pedagogia dos 4Rs, que incentiva o comportamento de Repensar atitudes no intuito de Reduzir os impactos no meio ambiente através da Reutilização e da Reciclagem.

“Nas oficinas desenvolvemos atividades que envolvem as três dimensões das relações humanas: eu comigo mesmo, eu com o outro e eu com o ambiente”, explica Francine Rezende, artista-educadora do EMCANTAR.

A partir de “vivências”, como, por exemplo, a simulação de uma compra em um supermercado, os participantes são levados a refletir sobre seus hábitos. “Nosso objetivo é tornar os participantes do projeto atores sociais, cidadãos com identidade e conscientes de que fazem diferença no meio em que vivem”, completa Francine.

Para Camila Fioranelli, gestora do Programa, trabalhar o ano todo com um conteúdo que hoje é discutido mundialmente e ainda ter um produto que tangibiliza todas as discussões é muito rico e colabora significativamente na formação consciente destas crianças.

No final do projeto, que segue até dezembro, as crianças vão lançar uma Agenda de Boas Atitudes, um caderno que trará o registro das atividades realizadas ao longo do ano e que conterá também dicas para um relacionamento responsável com o meio ambiente.

Sobre o Instituto Algar
A Algar acredita que a educação é o caminho que vai levar o Brasil a uma realidade melhor. É por isso que, desde 1994, o Grupo investe em programas sociais voltados à comunidade, com objetivo de contribuir para a melhoria da qualidade da educação brasileira. Essa decisão da Algar é operacionalizada, desde 2002, pelo Instituto Algar e reflete o compromisso com a sustentabilidade, que permeia todas as ações do Grupo. São 3 programas sociais que juntos chegam a 10 cidades, 108 escolas, 10,8 mil alunos e 492 educadores e a participação voluntária de 436 associados da Algar.

Para saber mais sobre o projeto Histórias de Quintal e o Programa Algar Transforma, acesse: www.institutoalgar.org.br/algartransforma

Programa Algar Transforma
Rua Maria Augusta de Morais, 04. Bairro Alvorada. Uberlândia
34 3216 6146
algartransforma@institutoalgar.org.br

Informações:
Michele Borges / redator@cicloascom.com
34) 3235-7826 / 8885-5084
www.cicloascom.com



Foto: Hick Duarte
INSCRIÇÕES ABERTAS PARA O SEMINÁRIO SOBRE OS 10 ANOS DO ESTATUTO DA CIDADE
FALTAM APENAS 60 VAGAS.
Fonte: Movimento Cidade Futura

Continuam abertas até o dia 02 de julho as inscrições para o SEMINÁRIO REGIONAL 10 ANOS DO ESTATUTO DA CIDADE: Avanços e desafios da gestão urbana, que acontecerá no dia 04 de julho/2011, das 08 às 17 horas, no anfiteatro do Bloco 3Q, campus Santa Mônica, em Uberlândia.
O evento está sendo organizado pelo Movimento Cidade Futura, através do Programa Cidade Educadora, executado em conjunto com o Instituto de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia – UFU.


O objetivo do seminário é debater os avanços nas trajetórias recentes da implementação do Estatuto da Cidade e as perspectivas para o fortalecimento do planejamento e da gestão urbana no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.

No seminário, será apresentada uma análise dos planos diretores e a implementação do Estatuto no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Serão debatidas não só as dificuldades, mas também as perspectivas de implementação do Estatuto.

As inscrições são gratuitas e feitas somente pelo site do Movimento Cidade Futura: www.cidadefutura.net.br

Veja a programação completa no site.

Para maiores informações ligar para o coordenador do Movimento Cidade Futura, Frank Barroso, pelos telefones (34)3087-4503, 9971-4150 ou 9971-1258.


sexta-feira, 17 de junho de 2011

Pai, começa o começo

(Autor Desconhecido)

Quando eu era criança e pegava uma tangerina para descascar, corria
para meu pai e pedia: - "pai, começa o começo!". O que eu queria era que ele fizesse o primeiro rasgo na casca, o mais difícil e resistente para as
minhas pequenas mãos. Depois, sorridente, ele sempre acabava descascando toda a fruta para mim. Mas, outras vezes, eu mesmo tirava o restante da casca a partir daquele primeiro rasgo providencial que ele havia feito.

Meu pai faleceu há muito tempo (e há anos, muitos, aliás) não sou
mais criança. Mesmo assim, sinto grande desejo de tê-lo ainda ao meu lado para, pelo menos, "começar o começo" de tantas cascas duras que encontro pelo caminho. Hoje, minhas "tangerinas" são outras. Preciso "descascar" as dificuldades do trabalho, os obstáculos dos relacionamentos com amigos, os problemas no núcleo familiar, o esforço diário que é a construção do casamento, os retoques e pinceladas de sabedoria na imensa arte de viabilizar filhos realizados e felizes, ou então, o enfrentamento sempre tão difícil de doenças, perdas, traumas, separações, mortes, dificuldades financeiras e, até mesmo, as dúvidas e conflitos que nos afligem diante de decisões e desafios.
Em certas ocasiões, minhas tangerinas transformam-se em enormes
abacaxis...
Lembro-me, então, que a segurança de ser atendido pelo papai quando
lhe pedia para "começar o começo" era o que me dava a certeza que
conseguiria chegar até ao último pedacinho da casca e saborear a fruta. O
carinho e a atenção que eu recebia do meu pai me levaram a pedir ajuda a Deus, meu Pai do Céu, que nunca morre e sempre está ao meu lado. Meu pai terreno me ensinou que Deus, o Pai do Céu, é eterno e que Seu amor é a garantia das nossas vitórias.
Quando a vida parecer muito grossa e difícil, como a casca de uma
tangerina para as mãos frágeis de uma criança, lembre-se de pedir a Deus:
"Pai, começa o começo!". Ele não só "começará o começo", mas
resolverá toda a situação para você.
Não sei que tipo de dificuldade eu e você estamos enfrentando ou
encontraremos pela frente neste ano. Sei apenas que vou me garantir no Amor
Eterno de Deus para pedir, sempre que for preciso: "Pai, começa o começo!".


Recebi de um amiga por email. Grande presente!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

CICLOVIA JÁ

Fonte: Informe Cidade Futura




Se você usa bicicleta, participe. Cadastre-se.
Espalhe essa campanha pelas redes sociais, sua escola, comunidade ou bairro.
Se você não usa, também ajudar, repassando para um amigo, vizinho por parente que tem bicicleta.
Ajude-nos a construir um futuro melhor para nossa cidade.



CICLOVIA JÁ
PARTICIPE DESSA CAMPANHA

O Movimento Cidade Futura, entidade que luta por uma cidade sustentável, defende uma do transporte público de qualidade e promove a discussão da mobilidade urbana, está promovendo uma campanha pela criação do sistema criação de ciclovias, ciclofaixas, bicicletários, campanhas educativas, sinalizações específicas e demais instrumentos necessários que garantam a segurança não só dos ciclistas mas de motoristas e pedestres.

Isso requer políticas públicas específicas de eqüidade no uso do espaço público e segurança para pedalar. O uso da bicicleta é fundamental para o deslocamento urbano de milhares de pessoas, e ainda constitui uma atividade saudável de lazer. Por isso, deve receber a atenção adequada de todos os gestores que, segundo o Ministério das Cidades, devem ser implementadas pelas três esferas de governo federal, estadual e municipal.

Exigimos que esta lei não contemple apenas a obrigatoriedade da criação de ciclovias – ciclofaixas e ciclopistas – mas também a implementação de outros instrumentos necessários para garantir a presença segura da bicicleta no sistema de circulação das cidades. A ciclovia é apenas uma das soluções técnicas para o desenvolvimento de uma política de segurança aos ciclistas, que também precisam de paraciclos (estacionamentos abertos), bicicletários (estacionamentos fechados), campanhas educativas para ciclistas e motoristas em geral, sinalizações horizontais e verticais específicas, iluminação e tratamento paisagístico para que o pedalante se sinta protegido e respeitado.

Queremos ainda a criação da Casa do Ciclista, que deve funcionar como espaço destinado à discussão de políticas voltadas à promoção de campanhas de educação no trânsito, passeios ciclísticos e fóruns de discussão.

Questionamos o poder público que pouco tem feito para implementar uma política efetiva e permanente de inclusão da bicicleta como um meio de transporte, deixando de respeitar, sobretudo, a gente simples e trabalhadora que precisa da bicicleta como um meio de transporte eficiente, barato e seguro.

Participe dessa campanha. Cadastre-se para participar das reuniões de planejamento das atividades da campanha.


INFORMAÇÕES:
(34) 3087-4503, 9971-1258 e 9150-6183

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Bicicletada em Uberlândia

O que é a bicicletada?

A bicicletada é a crítica da forma como nos é imposto e o modo como é construído o meio urbano. Visando somente os interesses corporativos, comerciais ou estatais, sem qualquer intervenção ou questionamento da população.

A estrada é mecânica e sugere certo movimento linear, perfeitamente exemplificada pelo automóvel. A rua sugere lugar de convívio e da interação humana, da liberdade e da espontaneidade. O sistema rodoviário subtrai-nos a rua sob nossos olhos, nos vendendo de volta pelo preço do pretóleo. Esse sistema privilegia o tempo em detrimento do espaço, corrompendo e reduzindo tanto tempo quanto espaço em busca de uma obsessão pela velocidade ou, no jargão econômico, pela liquidez. Assim, não interessa quem "dirige" esse sistema, pois seus movimentos são pré-determinados. E, além de tudo, um meio feito principalmente para carros, onde a solução para o número absurdo de automóveis é a construção de mais vias, ruas e estradas, aumentando cada vez mais as distâncias e nos tornando dia após dia mais dependentes do transporte motorizado.

A cidade moderna é a extensão da máquina capitalista. Enquanto uma cidade industrial, serve às elites dominantes: possui uma rede de transporte para importação e exportação de bens; seus cidadãos, escravizados pelo salário, são levados de grandes dormitórios fechados, o local de moradia, para o local de trabalho. Sua escala desumana, a impersonalidade e o sacrifício do prazer pela eficiência são a exata antítese da genuina comunidade.

A bicicletada é uma celebração do transporte inteligente e da convivência harmônica entre as pessoas. Saindo do isolamento da cultura do automóvel, todos juntos fazemos uma cidade alegre, humana e saudável!

Bicicletada de Uberlândia
Toda última sexta-feira do mês, na Praça Clarimundo Carneiro

Convide seus amigos, parentes, vizinhos!
Vá de bike, patins, skate, a pé, ou qualquer outro veículo movido a energia humana.

Contatos:

E-mail:
bicicletadaudi@gmail.combicicletadaudi em gmail.com

www.bicicletada.org/Uberlandia


terça-feira, 24 de maio de 2011

terça-feira, 17 de maio de 2011

EMCANTAR convida: Parangolé em Uberlândia

Fonte: comunicação EMCANTAR

EMCANTAR reapresenta espetáculo “Parangolé” em Uberlândia

A turnê Parangolé – Canções e Brincadeiras, que já percorreu 11 cidades brasileiras desde agosto de 2010, chega ao fim nos próximos dias 19 e 21 de maio, quando o EMCANTAR vai até o bairro Morumbi, numa região periférica de Uberlândia, para realizar três atividades culturais com entrada franca: oficinas para educadores, seção de cinema para crianças e apresentação artística para a comunidade.

Na quinta-feira (19), o EMCANTAR oferece oficinas para educadores da rede pública de Uberlândia com a temática “Canções e Brincadeiras no Cotidiano Escolar”. As oficinas acontecerão na E. E. Ederlindo Lannes de Bernardes, nos turnos manhã e noite. Os interessados em participar podem se inscrever pelo telefone (34) 3218-6700.

No mesmo dia, à tarde, os alunos do Ensino Fundamental da mesma escola poderão assistir ao média-metragem que deu origem ao espetáculo, em seção de cinema que contará com a participação de atores do filme. A última atividade da turnê acontece no sábado. A partir das 17h, a comunidade assistirá ao espetáculo Parangolé – Canções e Brincadeiras, uma apresentação do EMCANTAR que alia música, cores, luz, teatro e dança.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Célio Turino em Uberlândia

Publicado em: www.emcantar.org
Fotos: Hick Duarte


Confira o Boletim informativo dos Pontos de Cultura do Triângulo Mineiro sobre a vinda de Célio Turino a Uberlândia nos dias 5 e 6 de maio

"Ponto de Cultura é um ponto de potência. É um meio de reforçar a relação entre artistas, agentes culturais, escola e comunidade, assumindo a função de potencializar atividades culturais que já estão mudando a realidade das pessoas."

Foi assim que, na última sexta-feira (6/5), Célio Turino sintetizou os Pontos de Cultura, projeto que ele idealizou por meio do programa Cultura Viva e que se consolidou como uma das políticas públicas mais importantes para a cultura no Brasil nos últimos anos. Célio, que também é mestre em História pela Unicamp e foi Secretário da Cidadania Cultural do Ministério da Cultura entre 2004 e 2010, passou dois dias em Uberlândia a convite das instituições EMCANTAR, Trupe de truões, Moçambique Estrela Guia, Grupo Vórtice, Grupo Tabinha e ONG AMARRAÇÃO de Araguari para conhecer de perto a realidade dos Pontos de Cultura da cidade e apresentar a palestra "Pontos de Cultura - O Brasil de baixo para cima", com entrada franca.

As andanças de Célio Turino por Uberlândia aconteceram nos dias 5 e 6 de maio e incluiu visitas ao Programa Algar Transforma (onde são realizados quatro projetos socioeducativos do EMCANTAR) e aos Pontos de Cultura Palavras que Brincam (EMCANTAR), Ensino Encena: Formação e Multiplicação no Teatro Infanto-juvenil (Trupe de Truões), Companhia Balé de Rua, Pé de Moleque - Dança Cidadã (Grupo Vórtice), Moçambique Estrela Guia e Manos do Hip Hop.

Programa Algar Transforma

Assim que chegou em Uberlândia, Célio Turino foi convidado para um bate-papo no Programa Algar Transforma, onde o EMCANTAR realiza os projetos Olho Portátil, Parangolé com Crianças, Histórias de Quintal e Ideias Incontidas envolvendo jovens de 7 a 14 anos da periferia de Uberlândia. Estavam presentes os membros do EMCANTAR e duas representantes do Instituto Algar, Camila Fioranelli e Carolina Toffoli.

Confira o Boletim informativo dos Pontos de Cultura do Triângulo Mineiro sobre a vinda de Célio Turino a Uberlândia nos dias 5 e 6 de maio

"Ponto de Cultura é um ponto de potência. É um meio de reforçar a relação entre artistas, agentes culturais, escola e comunidade, assumindo a função de potencializar atividades culturais que já estão mudando a realidade das pessoas."

Foi assim que, na última sexta-feira (6/5), Célio Turino sintetizou os Pontos de Cultura, projeto que ele idealizou por meio do programa Cultura Viva e que se consolidou como uma das políticas públicas mais importantes para a cultura no Brasil nos últimos anos. Célio, que também é mestre em História pela Unicamp e foi Secretário da Cidadania Cultural do Ministério da Cultura entre 2004 e 2010, passou dois dias em Uberlândia a convite das instituições EMCANTAR, Trupe de truões, Moçambique Estrela Guia, Grupo Vórtice, Grupo Tabinha e ONG AMARRAÇÃO de Araguari para conhecer de perto a realidade dos Pontos de Cultura da cidade e apresentar a palestra "Pontos de Cultura - O Brasil de baixo para cima", com entrada franca.

As andanças de Célio Turino por Uberlândia aconteceram nos dias 5 e 6 de maio e incluiu visitas ao Programa Algar Transforma (onde são realizados quatro projetos socioeducativos do EMCANTAR) e aos Pontos de Cultura Palavras que Brincam (EMCANTAR), Ensino Encena: Formação e Multiplicação no Teatro Infanto-juvenil (Trupe de Truões), Companhia Balé de Rua, Pé de Moleque - Dança Cidadã (Grupo Vórtice), Moçambique Estrela Guia e Manos do Hip Hop.


Programa Algar Transforma


Assim que chegou em Uberlândia, Célio Turino foi convidado para um bate-papo no Programa Algar Transforma, onde o EMCANTAR realiza os projetos Olho Portátil, Parangolé com Crianças, Histórias de Quintal e Ideias Incontidas envolvendo jovens de 7 a 14 anos da periferia de Uberlândia. Estavam presentes os membros do EMCANTAR e duas representantes do Instituto Algar, Camila Fioranelli e Carolina Toffoli.

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A conversa começou com alguns esclarecimentos sobre o Programa Cultura Viva, seguidos de empolgados comentários de Célio sobre o trabalho em rede que conecta os Pontos de Cultura. Marco Aurélio, fundador do EMCANTAR, comparou a situação com o próprio processo de produção do novo álbum do grupo. "Enquanto gravávamos o Escutatória, por exemplo, vivenciávamos e nos beneficiávamos dessa experiência de relacionamento em rede a todo momento", disse.

O bate-papo teve seu ápice quando Célio, ainda comentando o trabalho do EMCANTAR, falou da relação essencial entre cultura e educação. "São indissociáveis. A educação é o corpo e a cultura a alma de uma boa estratégia de desenvolvimento social", disse Célio.

Com o fim do bate-papo, Célio foi conduzido à nova sala multimídia do Ponto de Cultura do EMCANTAR, instalada na sede do Programa Algar Transforma, equipada com o kit viabilizado pelos recursos do Ponto de Cultura. Na sequência, ele conheceu o restante das dependências do CESAG (Centro Esportivo e Social Alexandrino Garcia) e partiu rumo a Trupe de Truões.

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Fique por dentro de todas as atividades do Programa Algar Transforma pelo blog http://institutoalgar.org.br/algartransforma

Ensino Encena: Formação e Multiplicação no Teatro Infanto-juvenil
Trupe de Truões


Quando Célio Turino chegou à sede da Trupe de Truões, deparou-se com 15 adolescentes estudantes de escola pública intensamente concentrados no ensaio de uma peça envolvendo a história e os costumes da Grécia. Quem o recebeu foi estudante de teatro Welerson Filho, que entrou para a Trupe no ano passado.

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A Trupe de Truões surgiu em 2002 na Universidade Federal de Uberlândia, quando o Prof. Dr. Paulo Merisio resolveu montar com aquela turma de alunos "Os Sete Gatinhos", de Nelson Rodrigues. O encantamento dos estudantes com o palco e a dramatização foi tão grande que eles não pararam por aí. Foram se aperfeiçoando e, mesmo depois de formados, continuaram unidos pela causa. Hoje a Trupe já conta com dez espetáculos no currículo, além de apresentações em diversos festivais nacionais, como os das cidades de Lages (SC), Ponta Grossa (PR), Blumenau (SC) e Campos dos Goytacazes (RJ).

Depois de ser apresentado para os jovens atores, Célio Turino fez um tour pelos cômodos do teatro. A estrutura ainda está em construção, mas já é possível identificar o mezanino, a área de depósito e produção de figurino, o espaço para ensaios, etc. O local foi recentemente aberto para oficinas de teatro graças ao recurso viabilizado pelo Ponto de Cultura. Assim se mantém o projeto Ensino Encena: Formação e Multiplicação no Teatro Infanto-juvenil, que acontecia no momento da chegada de Célio Turino.

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Saiba mais e mantenha-se informado sobre a atuação da Trupe de Truões acessando o blog http://trupedetruoes.blogspot.com

Palavras que Brincam - Música e Literatura na Escola
EMCANTAR


Da Trupe de Truões, Célio Turino seguiu para a E. E. Pe. Mário Forestan. Junto com a E. E. Presidente Juscelino Kubitschek, os alunos e educadores da instituição participam do Palavras que Brincam, projeto de difusão da música e da literatura aprovado como Ponto de Cultura do EMCANTAR.

Na escola, o primeiro encontro de Célio foi com os professores. Introduziu o seu recado reforçando o quão importante são os Pontos de Cultura que acontecem nas escolas públicas, fazendo inclusive uma alusão ao Programa Cultura Viva ao dizer que os projetos culturais mais expressivos nas instituições educacionais do país deveriam compôr o "Escola Viva".

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Por outro lado, Célio também procurou reafirmar a abrangência da atuação dos Pontos de Cultura. "Há Pontos em escolas, em favelas, aldeias indígenas, assentamentos rurais. Onde tiver como potencializar a energia, a capacidade criativa do brasileiro, que é o que a gente tem de melhor para oferecer ao mundo", disse. Na sequência, ele compartilhou outras experiências decorrentes de sua passagem pelo governo, quando foi Secretário de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura. Célio, então, finalizou esse tópico dizendo que, apesar de poder ter feito muito do que podia nessa posição, ele gosta mesmo é de "trabalhar na ponta".

Falou sobre a realidade do professor de rede pública na sequência, reconhecendo que não se trata de um ofício fácil, mas de extrema responsabilidade e nobreza social. "O professor tem diariamente a missão de subverter a lógica do controle. Se você não tiver utopia, você não vive. Nunca chegaremos ao horizonte, mas precisamos de um estímulo sempre. E, no país em que vivemos, esse horizonte utópico tem se aproximado a cada dia", comentou, estimulando os educadores. Por fim, depois de ler alguns trechos de seu livro "Ponto de Cultura - O Brasil de baixo pra cima", autografou dois exemplares e presenteou a biblioteca das duas escolas participantes do projeto Palavras que Brincam.

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Célio Turino seguiu então para o outro pavilhão da escola, onde alunos do sexto ano participavam de uma oficina do Palavras que Brincam. De acordo com o que havia sido previamente combinado com o EMCANTAR, Célio participaria da oficina fingindo ser um "olheiro do Circo Patóvski", projeto fictício que reunirá as apresentações dos alunos no fim do ano.

Um carteiro cansado adentra a sala nervoso, dizendo que já andou muito para entregar uma carta e que o destino só podia ser a E. E. Pe. Mário Forestan. Os alunos ficaram surpresos, mas as oficineiras logo corresponderam a reação ao ler na carta que tratava-se de uma resposta às inscrições no renomado Circo Patóvski.

"Toc toc toc" na porta. Para surpresa ainda maior das crianças, o "olheiro e dono do circo Patósvki" acabara de chegar para avaliar as habilidades artísticas dos inscritos. Depois de assistir aos números (um malabarismo com lenços e uma dança corporal coletiva), Célio Turino pegou um giz e se dirigiu ao quadro negro para explicar como funciona o seu "circo cultural".

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"O meu circo vai se espalhando pelo Brasil. É como um ponto. São vários pontos de cultura espalhados. Todos interligados, um em cada lugar, mas em constante comunicação e atuação. Tem circo na aldeia indígena, em fazendas, em favelas, etc", disse Célio, adaptando o discurso da abrangência dos Pontos de Cultura que esclareceu na conversa com os professores para as crianças. "Mas para o circo circular bem, temos que seguir todos juntos, com dedicação e disposição".

Por fim, Célio Turino fez uma breve apresentação com o EMCANTAR lendo um trecho cantado de seu livro para as crianças e, com o relógio marcando 10h30, seguiu para conhecer o próximo Ponto de Cultura da cidade: a companhia Balé de Rua.

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Conheça e acompanhe o dia-a-dia do projeto Palavras que Brincam em http://palavrasquebrincam.blogspot.com

Companhia Balé de Rua

A Companhia Balé de Rua foi fundada em 1992 pelos uberlandenses Fernando Narduchi e Marco Antônio Garcia. Aclamada nacional e internacionalmente pela precisão e criatividade do trabalho artístico (inúmeras apresentações pelo Brasil e duas turnês na Europa estão na bagagem), o grupo também é reconhecido pelo desenvolvimento de aulas e oficinas voltadas a menores carentes, o que lhes rendeu o credenciamento como Ponto de Cultura.

Quando Célio Turino chegou à sede do Balé de Rua, foi recebido por Fernando Narduchi, com quem iniciou uma conversa sobre as origens, as referências estéticas, as conquistas e as dificuldades de manutenção da companhia.

Cheio de orgulho, Fernando explicou que, ao conhecer um grupo de jovens apaixonados pela dança de rua, esforçou-se para fazer com que eles chegassem a uma identidade própria como artistas, a um movimento novo e autoral. "Decidimos fazer dança de rua deixando de lado a cultura americana para dar lugar a expressões nacionais. Nisso nós fomos pioneiros. Sai Michael Jackson, sai James Brown, sai o break; entram a capoeira, o congado, o samba", contou.

O resultado? Temporadas ininterruptas de ensaio, incansáveis apresentações e um reconhecimento que extrapola as fronteiras brasileiras. "Rodamos vários festivais depois disso. Uma porta foi abrindo a outra, mas não foi uma luta fácil. Conquistamos o Brasil para depois partir para o mundo. A companhia tem 18 anos e já dançamos em palcos em que pouquíssimas companhias brasileiras já dançaram", disse Fernando.

Diante de toda essa repercussão, no entanto, o Balé de Rua vive um verdadeiro drama envolvendo a sua sustentabilidade econômica. Os custos mensais são altíssimos e todo o recurso das turnês é revertido para a manutenção da companhia. Automaticamente, Célio Turino se mostrou desapontado com a existência dessas dificuldades - o recurso obtido como Ponto de Cultura ajuda, mas não é suficiente para saná-las - e lamentou a ausência de um projeto de manutenção de corpos artísticos estáveis que garanta a sobrevivência do grupo.

Fernando disse, na sequência, que haviam ensaiado uma síntese, uma demonstração rápida de um dos espetáculos do Balé de Rua para apresentar ao Célio Turino. "O show aborda as histórias da escravidão, mas do ponto de vista da persistência, da inteligência e da capacidade de superação do negro. Mesmo em 300 anos de opressão, eles construíram o Brasil", esclareceu Fernando, enviando na sequência um sinal com as mãos para os dançarinos no palco. Começou a apresentação.

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O espetáculo transborda emoção e autenticidade. A trilha sonora é uma faixa musical executada eletronicamente, mas marcada por uma percussão dramática, tocada ao vivo pelos membros da companhia. A dança é forte, cheia de simbologias e rigorosamente sincronizada. Um gênero próprio, sem precedentes, o "Balé de Rua" na sua essência.

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Ao fim da apresentação, Célio estava nitidamente tocado. Iniciou uma conversa com os dançarinos, mas não conteve a emoção e foi várias vezes interrompido pelas próprias lágrimas. "O que vocês fazem é de um valor imaterial sem igual. É uma forma brilhante de construir um retrato do Brasil. Vocês me tocaram profundamente. Isso que fazem é tão único que não têm como fazer outra coisa, vocês precisam continuar dançando".

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Na sequência, Célio mal conseguiu ler um trecho de seu livro para os presentes e vários membros da companhia também derramaram lágrimas. A comoção generalizada caracterizou um encontro que, sem sombra de dúvidas, o idealizador dos Pontos de Cultura nunca mais irá esquecer.

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Pé de Moleque - Dança Cidadã
Grupo Vórtice


Depois do almoço, na chegada ao Grupo Vórtice, Célio Turino foi acolhido pela professora e diretora artística Guiomar Boaventura, além de algumas representantes dos Pontos de Cultura em Ituiutaba.

No salão de dança, equipado com o kit de multimídia obtido pelo recurso do Ponto de Cultura, Guiomar exibiu uma matéria jornalística sobre a seleção de crianças para o projeto Pé de Moleque - Dança Cidadã. A iniciativa permite a crianças economicamente menos favorecidas praticar gratuitamente as aulas de balé clássico oferecidas pelo grupo. Depois da exibição, os bailarinos Daniel Robert da Silva, 14, e Giovana Siqueroli, 16, apresentaram o número "Carnaval em Veneza", o mesmo que representou o Brasil e foi premiado no Festival Tamzolymp em Berlim, Alemanha.

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"Essa premiação é uma das maiores conquistas do Grupo Vórtice porque, mais do que profissional, é uma vitória de promoção humana. Daniel tem uma história de vida ímpar e era o único bailarino negro do festival. Foi recebido com resistência e depois aplaudido de pé por todos", contou Guiomar, emocionada.

Célio Turino, mais uma vez impressionado com a qualidade artística do que viu, iniciou uma conversa rápida com as crianças e adolescentes que lotavam o salão. Comparou o Ponto de Cultura ao ponto de equilíbrio essencial para o sucesso de um dançarino de balé. "Meu trabalho foi encontrar o ponto de equilíbrio cultural de cada lugar desse país e vocês são um deles. Vejo que fazem isso aqui com muito esforço, muito sacrifício, mas com muito amor e disciplina", declarou.

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Depois de mais uma apresentação de dança, dessa vez por um bailarino mais jovem que está ensaiando o seu primeiro número solo, Célio Turino tirou uma foto com todos os participantes e seguiu rumo ao Ponto de Cultura Moçambique Estrela Guia, no outro lado da cidade.

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Conheça o site oficial do Grupo Vórtice acessando http://grupovortice.com.br

Moçambique Estrela Guia
Centro Cultural Estrela Guia


O Moçambique Estrela Guia é um terno de congado que oferece oficinas e atividades culturais diversas para a comunidade do bairro Santa Luzia, na periferia de Uberlândia. O grupo hoje conta com um centro cultural e com a colaboração de professores voluntários para ministrar as atividades.

Antes de o centro cultural existir, tudo isso acontecia na casa de Iara Aparecida, atual coordenadora do Ponto de Cultura. Ela explica que, por estarem localizados à margem da cidade, vive risco constante de furto. "Já ameaçaram roubar o nosso kit multimídia, inclusive", conta Iara. Alguns espaços do centro ainda estão em construção, como a área da quadra e da piscina para hidroginástica.

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Iara se orgulha de coordenar um dos ternos de congado mais expressivos de Uberlândia. "O Congado na cidade tem 133 anos de registro. Nós fomos o único grupo que formalizou a sua documentação e isso foi bom para a cultura em Uberlândia. Saímos levando o nome da cidade para o Brasil", comenta Iara.

Para promover a harmonia social e o constante aperfeiçoamento de suas atividades, o Moçambique Estrela Guia mantém inúmeras parcerias hoje. Entre elas, a Universidade Catolica (cujo acordo permite que adolescentes cursem a faculdade com bolsa integral), a Companhia Balé de Rua e o grupo local Manos do Hip Hop.

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Informe-se sobre as novidades ligadas ao Moçambique Estrela Guia pelo site http://www.mocambiqueestrelaguia.com

Palestra Célio Turino
Casa da Cultura de Uberlândia

A palestra "Ponto de Cultura - O Brasil de baixo para cima" de Célio Turino, ápice da sua visita a Uberlândia, aconteceu às 19h, na Casa da Cultura, com entrada franca. Além das cerca de 60 pessoas que compareceram presencialmente (representantes do governo municipal, estudantes, líderes dos Pontos de Cultura, professores, artistas, imprensa e agentes culturais em geral), o evento foi transmitido em tempo real para toda a Internet, pelo site do EMCANTAR, podendo ser acompanhado de qualquer lugar do mundo. A transmissão foi o resultado de uma parceria entre o EMCANTAR e o Coletivo Goma - Cultura em Movimento.

Antes de iniciar a sua palestra, os presentes ouviram as considerações e os agradecimentos de Ana Paula Rabelo, do EMCANTAR, e de Mônica Debs, Secretária Municipal de Cultura.

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Na sequência, antes de passar a palavra para Célio Turino, Ana Paula convidou os outros membros do EMCANTAR para cantar não o hino nacional, mas uma música que para o grupo soa como um hino de Minas: "Coração Civil", de Milton Nascimento.

Quero a utopia, quero tudo e mais
Quero a felicidade nos olhos de um pai
Quero a alegria muita gente feliz
Quero que a justiça reine em meu país
Quero a liberdade, quero o vinho e o pão
Quero ser amizade, quero amor, prazer
Quero nossa cidade sempre ensolarada
Os meninos e o povo no poder, eu quero ver

(Trecho de "Coração Civil", de Milton Nascimento)

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Célio Turino iniciou sua palestra reforçando a relação entre cultura, educação, arte e sistemas sociais. "O ponto de cultura busca o ponto de identidade de uma comunidade. No governo, tive esse papel de ser um gestor-artista do projeto que propus. O artista conta um sentimento da comunidade e irradia", disse, estimulando e referindo-se aos inúmeros artistas que compunham a plateia de forma majoritária.

Mais uma vez, o conceito do trabalho e da comunicação em rede que caracteriza os Pontos de Cultura foi enaltecido. Célio Turino se mostra sempre muito empolgado e convicto quando trata essa questão. "Explosão de entendimento, de raciocínio, de práxis. É isso o que a gente busca realçar na teia dos Pontos de Cultura. É o Brasil pelo Brasil", comenta.

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Entre as diversas discussões que se sucederam, vale destacar a visão crítica de Célio para as políticas públicas culturais que hoje movimentam o país, além das explanações teoricamente fundamentadas que soavam como mensagens de incentivo para os agentes culturais ali presentes. O momento de perguntas na palestra foi bastante participativo e proveitoso.

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Depois de responder as questões do público e antes de partir para a venda e seção de autógrafos de seu livro, Célio Turino lançou uma reflexão final aos presentes, relacionada à sua participação no governo federal e à política pública que idealizou. "O Estado se relaciona com a sociedade pela carência, pela necessidade. Já pensaram no que aconteceria se ele passasse a se relacionar pela potência?"

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Em tempo: O livro "Ponto de Cultura - O Brasil de baixo para cima" de Célio Turino está sendo vendido pelo EMCANTAR a R$20. Interessados devem se pronunciar via e-mail: contato@emcantar.org

domingo, 8 de maio de 2011

"Cantando eu mando a tristeza embora...!"

Final de semana intenso!
Cultura por todos os lados e dimensões...

Começou na quinta-feira.
Pela manhã, reunião do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Por um lado, é cultura a forma como cuidamos e como vemos que devem ser cuidadas as crianças de nossa cidade. Nossos anseios e nossas preocupação fazem parte de nossa concepção de mundo. Por outro, participar de um órgão de controle social tão bem organizado e estruturado em uma cidade de pequeno-médio porte do interior (Araguari-MG), é participar de uma revolução no fazer político, na cultura política da cidade, do estado e do país.

À tarde, eu e meus amigos do EMCANTAR vivemos um momento ímpar. Um bate-papo com Célio Turino, idealizador do Programa Cultura Viva [na gestão passada do Ministério da Cultura], que representa uma revolução no modo de se pensar e gerir cultura no pais. Cultura duplamente, portanto. (Para saber mais: http://anacarolinapartilha.blogspot.com/2011/03/politicas-culturais-estrategia-de.html)
Nesse momento rico, pudemos contar a ele um pouco de nosso trabalho e ouvir suas contribuições advindas de uma grande experiência, fundamentada em saberes e sabores de fazer cultura no país, e também em valores como fraternidade, solidariedade e justiça.

Na sexta-feira, mais momentos intensos de viver cultura (frase redundante, né?!)
Uma fantástica palestra com Célio Turino na Casa da Cultura de Uberlândia. (Assista no link:http://emcantar.org/emc10.qps/Ref/QUIS-8GJJ5F). Pontos de Cultura, servidores públicos, imprensa, artistas, educadores... reunidos para tratar de nosso fazer cultural, entendido como cultivo, construção de identidade e forma de emancipação. "Ponto de Cultura é igual protagonismo + autonomia elevado à potência de rede, resultando em empoderamento e emancipação.", disse Célio Turino.

Logo após... 8º encontro de violeiros no SESC Uberlândia. AH! Esse eu não podia mesmo faltar.
Ouvir moda de viola, para mim, é como mostrar à alma um espelho...."Oh caminheiro, leva esse recado meu... Oh caminheiro..."

No sábado, mais momentos especiais. Aniversário de André Salomão, meu grande companheiro, comemorado ao som dos clássicos do samba. Comemorar a vida! Dançar com amigos! "Cantando eu mando a tristeza embora!"

Para fechar, domingo! Dia das Mães. Cultura no sangue... cultura na mesa!
Primeiro, missa com homenagem às mães. Final emocionante: "E o olhar de minha mãe na porta eu deixei chorando a me abençoar!"
Depois, almoço na roça. Com parentes queridos que há muito não víamos. Nostalgia. Alegria. Partilha.
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Escrevi e publiquei esse texto no domingo a tarde. Mas o final de semana cheio de cultura não tinha acabado. Retorno para acrescentar uma parte muito gostosa!

Cheiro de pipoca, algodão-doce, churros e terra. Isso mesmo, fui ao circo! Há muito não fazia isso. Entrar naquele espaço me remeteu à minha infância, uma epóca em que a gente tinha que levar jornal velho para sentar no circo e não sujar a roupa.

Pessoas se desafiando e se superando no palco.
Pessoas se encantando, se emocionando e se divertindo na plateia.
Crianças, pequenas e grandes!
E viva a arte do circo. Universal e singular. Coisa que não pode falar na formação de ninguém... eu sou uma criança mais feliz, porque conheço a imensidão circense.

Agora acabou!
Energias renovadas pra mais uma semana de trabalho, de cultivo.

"Cultura é a expressão da alma de um povo!"

quarta-feira, 4 de maio de 2011

saber popular (?)

Desde pequena ouço minha madrinha dizer uma coisa engraçada sobre o beija-flor.
Engraçada e curiosa.
Coisa que não se sabe se é saber ou crendice, mas se sabe que é popular.
Um dia, pensando nisso, fiz uma quadrinha com essa coisa popular:


Oi Beija-Flor que vem de longe alimentar
Eu sei que tem uma notícia pra me dar
Se ela for boa, por mim pode ficar!
Mas se não prestá aqui não é o seu lugar...


Hoje, logo bem cedinho, minha vó disse... "ontem uma beija-flor chegou pertim de mim, ai ai". Então, resolvi postar para compartilhar essa crendice do povo lá de casa, do povo lá da roça.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Um jumento. Um cachorro. Uma Galinha. Uma Gata. 04 animais, 04 amigos.... um conjunto!

No dia 20/05, o EMCANTAR apresentou para as crianças participantes do Projeto Curupira o musical infantil, “Os Saltimbancos”, de Sérgio Bardotti e Luis Enríquez Bacalov, com música de Chico Buarque.

Inspirado no conto “Os Músicos de Bremen” dos Irmãos Grimm, o musical traz canções que viraram clássicos e deram origem ao disco, lançado em 1977, com participações de Nara Leão, MPB-4 e Chico Buarque.

Apresentar essa história para aqueles meninos e meninas tem motivos para lá de especiais!


Os primeiros são as comemorações do ano. Em uma tacada só: 05 anos de Projeto Curupira, 15 anos de EMCANTAR e 60 de Educandário Lar da Criança. Merece ou não merece festa?!

Além disso, o Curupira prima pela infância, pela brincadeira, pelo sonho e pela convivência... por isso, qualquer semelhança com a história NÃO é mera coincidência.

Um jumento, cansado de tanto ser explorado pelo seu patrão, que, além de não pagar pelo duro trabalho ainda o humilha, resolve fugir e ir para a cidade. Mas, fazer o que na cidade? "Procurar emprego como músico, já que todos podem ser artistas", conclui o animal. No meio do caminho, encontra um cachorro, perdido e estrupiado, que resolve seguir viagem junto.
Andando mais um pouco, encontram uma galinha, que também fugiu... pois não conseguia mais botar ovos! E, para finalizar, agregou-se ao grupo uma gata, que tinha sido expulsa de casa, pois resolveu cantar na madrugada com os gatos da rua.
Durante a viagem, muitos são os desafios e os animais aprendem juntos várias lições e, ao final da história, alcançam seus sonhos!

O EMCANTAR trabalha e apresenta fragmentos dessa peça desde o início de sua história e isso se relaciona à convergência com as temáticas da bela, pura e impactante história: arte, brincadeira e coletividade!

Afinal, nosso maior lema sempre foi: o melhor de cada um para o melhor de todos, ou... "Todos juntos somos fortes!"

segunda-feira, 18 de abril de 2011

EMCANTAR apresenta: Os Saltimbancos

Espetáculo faz parte das comemorações de 15 anos do Emcantar, cinco do projeto Curupira e 60 anos do Educandário Lar das Crianças


No próximo dia 20, o EMCANTAR vai apresentar, em Araguari, para as crianças do projeto Curupira, o musical infantil, “Os Saltimbancos”, de Sérgio Bardotti e Luis Enríquez Bacalov, com música de Chico Buarque.

Inspirado no conto “Os Músicos de Bremen” dos Irmãos Grimm, o musical traz canções que viraram clássicos e deram origem ao disco, lançado em 1977, com participações de Nara Leão, MPB-4 e Chico Buarque.

As apresentações acontecerão em duas sessões (8h30 e 14h) no Educandário Lar da Criança, onde o projeto Curupira é realizado há cinco anos pelo EMCANTAR e Educandário, com apoio do SICOOB Aracoop, CDL Araguari e Ozanam - Programa de Assistência Familiar.

Cerca de 500 crianças da periferia de Araguari já tiveram a oportunidade de participar do projeto e compreender melhor o significado das palavras infância, arte e educação socioambiental.

“O Curupira é muito especial para nós porque resguarda a essência do EMCANTAR, que é experimentar a música, a arte e o encantamento com crianças que estão começando a vida”, diz Ana Paula Rabelo, coordenadora do EMCANTAR, organização que em 15 anos já realizou mais de 500 apresentações artísticas e dezenas de projetos nas áreas de Cultura, Educação e Meio Ambiente, envolvendo mais de 1.000 educadores e 15.000 alunos.

Para Irmã Maria José, que acompanha o trabalho no Educandário, o EMCANTAR e o Curupira têm uma influência muito grande na vida das crianças que participam do projeto. “Vejo um grande crescimento e desenvolvimento, tanto em questões como desenvolvimento da coordenação motora, da fala e outras habilidades, como em questões que envolvem comportamento. Elas tornam-se mais expressivas e menos tímidas. Elas adoram o projeto”, conta.

Segundo a assessoria de comunicação do EMCANTAR, além das apresentações do espetáculo “Os Saltimbancos”, outros eventos estão sendo programados pelos parceiros do projeto Curupira para acontecerem ao longo do ano, em Araguari.

* Por Ciclo Assessoria em Comunicação

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Correr por correr é desespero, correr por missão é gratificante!

_Como você está?!
_ Estou bem, mas correndo muito!


Ultimamente essa tem sido minha realidade: correria! E, por isso, estou sumida das redes sociais. Mas estou muito feliz!
As duas últimas semanas foram de muito trabalho, mas extremamente gratificantes...

De um lado, a gravação do novo CD do EMCANTAR e os encontros para a concepção do novo espetáculo.
De outro, incío dos projetos de formação cultural e socioambiental e muitas atividades: reuniões de planejamento, reuniões para estabelecer parcerias, passeios culturais com crianças e, ainda, nessa semana, comemoração da páscoa!

Ufa!

Além de tudo isso, preparação e ensaio da peça OS SALTIMBANCOS, versão feita pelo EMCANTAR em 2007. Sabe pra quê?! Para apresentar a bicharada para mais de 80 crianças de um de nossos projetos, em Araguari, na semana que vem.

Correr assim é muito bom! É gratificante!

E hoje foi um dia mais que emocionante. Tivemos, em um de nossos projetos, uma apresentação de um grupo especial de Uberlândia: Orquestra Jovem, que há muito tempo, vem ensinando e encantando crianças e adolescentes do bairro Alvorada e região para a música.

Mais de 50 crianças cantaram junto com um professor do projeto uma canção folclórica angolana (é, isso mesmo!), que ele, natural de lá, aprendeu com o pai! Fiquei sem palavras ao verificar, mais uma vez, o poder agregador da arte vivenciada como processo educativo.

Para saber mais:
www.emcantar.org
www.institutoalgar.org.br/algartransforma

quarta-feira, 6 de abril de 2011

E esperar pelos frutos no quintal...

Em 2011 o EMCANTAR completa 15 anos e, sem dúvida, é tempo de celebração! Mas também tempo de parar tudo para pensar, refletir e avaliar nossa atuação: o que realmente temos feito de bom para esse mundão de meu Deus?!

Começo o dia de hoje radiante de alegria. Ganhamos um presente!
Como é da minha personalidade... compartilho.

E continuamos assim:"se o poeta é o que sonha o que vai ser real, bom sonhar coisas boas que o homem faz e esperar pelos frutos no quintal."

Ola,
me Chamo Vitor Rodrigues, sou arte-educador, músico e diretor teatral, estou a frente de um grupo de 90 crianças de um projeto realizado no C.E. Maria gai Grendel em Curitiba/PR , onde os alunos tem aulas de canto , flauta , percussão , teatro e dança, no momento estamos montando um espetáculo musical chamado "Fuxico", com texto de minha autoria e como nesse ano tive acesso ao material do Grupo Emcantar através de um amigo de Patos de Minas, começamos a ensaiar algumas músicas para inserir no espetáculo, na verdade o texto foi escrito para fazer uma ligação entre as canções, estou enviando dois videos de uma apresentação que fizemos para os pais dos alunos do Projeto , para mostrar o quanto o trabalho feito por vocês , contribui para o trabalho que realizamos com nossas crianças.

Valeu , Vitor Rodrigues.






No vagamento.blogspot.com também há uma postagem sobre essa gratificante notícia que recebemos.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Um bom exemplo!

Quarta, 30 de março de 2011, 10h39 Atualizada às 10h48
Deputado abre mão de verbas parlamentares: "Era excessivo"
Marcela Rocha*

Chamado de "demagogo" por alguns colegas, o deputado federal José Antonio Reguffe (PDT-DF) resolveu abrir mão dos benefícios e ajudas de custo parlamentar que, para ele, "são desperdício de dinheiro público". Ainda no começo de fevereiro, ele encaminhou seis ofícios para a Diretoria da Câmara pedindo - em caráter irrevogável - os seguintes itens:

- suspensão do 14º e 15º salários que teria direito a receber;

- redução da verba de gabinete em 20% - passando de R$ 60 mil para R$ 48 mil;

- redução - de 25 para nove - do número de assessores a que teria direito;

- diminuir em mais de 80% a cota interna do gabinete. Dos R$ 23.030 a que teria direito por mês, reduziu para apenas R$ 4.600;

- acabar com o seu auxílio moradia, por, segundo descrito no ofício, entender que deputados eleitos pelo Distrito Federal não necessitem do benefício;

- acabar com a cota de passagens, também por ter sido eleito pelo DF.

A assessoria do parlamentar calculou que ele vai economizar aos cofres públicos mais de R$ 2,3 milhões nos quatro anos de mandato. "Defendo a tese de que um mandato pode ser de qualidade, custando bem menos para o contribuinte do que custa hoje. É o que pratiquei enquanto deputado distrital e agora enquanto federal", afirmou Reguffe a Terra Magazine.

Se os outros 512 deputados fizessem o mesmo, a economia aos cofres públicos seria superior a R$ 1,2 bilhão, ainda segundo cálculos feitos pela equipe do parlamentar. "Consigo fazer todo o meu trabalho e cumprir a minha obrigação para com a sociedade", afirmou, para depois destacar que com o que recebe consegue manter "assessores de qualidade" em seu gabinete.

- Eu consigo trabalhar bem com essa equipe, consigo ter um mandato bom, que me dê um suporte técnico. No meu gabinete tenho um assessor jurídico, legislativo, de imprensa, chefe de gabinete... - relata.

Para Reguffe, "o montante era excessivo, porque um deputado precisa ter assessores, mas não 25, que acaba parecendo uma estatização de cabos eleitorais". Questionado se seus colegas de partido pretendiam seguir o mesmo caminho, o parlamentar preferiu não entrar nessa polêmica e se limitou a falar de suas iniciativas.

Apresentados os seis ofícios, alterando o orçamento de seu próprio gabinete, o deputado encaminhou à Mesa Diretora dois projetos que acabariam com o 14º e 15º salários, reduziria a verba de gabinete e o número de assessores de 25 para nove.

"Tudo o que eu proponho tenho que fazer antes no meu gabinete", diz Reguffe, que rejeita a acusação de demagogia: "Alguns colegas acham que isso é demagogia. Seria demagogia se eu pregasse isso e não fizesse dentro do meu próprio gabinete". E, irônico, completa: "Bom seria se fossem todos 'demagogos'"

*Fonte:http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI5033493-EI6578,00-Deputado+abre+mao+de+verbas+parlamentares+Era+excessivo.html

quarta-feira, 30 de março de 2011

Um pouco mais sobre Cultura - intervenção humana na realidade

Continuando, ampliando e aprofundando a discussão sobre cultura, resolvi publicar trechos de um texto que acabo de ler, o qual estabele a relação entre o ser humano e a produção cultural.
Ele é trecho do livro A Escola e o Conhecimento: fundamentos epistemológicos e políticos, de Mário Sergio Cortella.

Cultura: o mundo humano
*em parágrafos anteriores a este no livro, Cortella defende a tese de que para se adaptar ao mundo/natureza o ser humano precisou lutar com ferramentas produzidas por ele, pois, em comparação com os demais animais, somos seres frágeis.

(...)
Qual é, porém, a "ferramenta" para enfrentarmos a realidade? A tentação inicial seria dizer: a racionalidade. No entanto, evidentemente, não basta pensar para que as coisas aconteçam; é preciso agir.
Nossa relação de interferência no mundo se dá por intermédio da ação; entretanto, não é uma ação qualquer o que nos distingue, pois todos os animais têm ação. Nossa ação, porque altera o mundo, é uma ação transformadora, modificadora, que vai além do que existia; todavia, alguns outros animais também têm ação transformadora.
O que vai nos diferenciar, de fato, é que só o animal humano é capaz de ação transformadora consciente, ou seja, é capaz de agir intencionalmente (e não apenas instintivamente ou por reflexo condicionado) em busca de uma mudança no ambiente que o favoreça.
Essa ação transformadora consciente é exclusiva do ser humano e a chamamos trabalho ou práxis; é consequência de um agir intencional que tem por finalidade a alteração da realidade de modo à moldá-la às nossas carências e inventar o ambiente humano.
O trabalho é, assim, o instrumento de intervenção do humano sobre o mundo e de sua própria apropriação (ação de tornar próprio) por nós.
Se o trabalho é o instrumento, qual é o nome do efeito de sua realização? Nós o denominamos cultura (conjunto dos resultados da ação do humano sobre o mundo por intermédio do trabalho).
Veja-se que, por ser a cultura um produto derivado de uma capacidade inerente a qualquer humano e por todos nós realizada, é um absurdo supor que alguém não tenha cultura; tal concepção, uma discriminação ideológica, interpreta a noção de cultura apenas no seu aspecto intelectual mais refinado e não leva em conta a multiplicidade da produção humana coletivamente elaborada.
Nós humanos somos, igualmente, um produto cultural; não há humano fora da Cultura, pois ela é nosso ambiente e nela somos socioalmente formados (com valores, crenças, regras, objetos, conhecimentos etc) e historicamente determinados (com as condições e concepções da época da qual vivemos). Em suma, o Homem não nasce humano, e sim, torna-se humano na vida social e histórica no interior da Cultura.
(...)
Da relação Humano/Mundo por meio do trabalho, resultam os produtos culturais; esses produtos, por nós criados a partir de nossa intervenção na realidade e dela em nós, são de duas ordens: as ideias e as coisas.
Movidos pela necessidade como ponto de partida, a Cultura está recheada das coisas que fazemos em função das ideias que tivemos e das ideias que tivemos em função das coisas que fazemos (...). Em outras palavras, os produtos materiais (as coisas) estão impregnadas de idealidade e os produtos ideais (as ideias) estão entranhadas de materialidade.
Os produtos culturais têm, como característica básica, serem úteis para nós; por isso, também podem ser conheituados como bens.
(...)
Desse ponto de vista, o bem de produção imprescindível para a nossa existência é o Conhecimento, dado que ele, por se constituir em entendimento, averiguação e interpretação sobre a realidade, é o que nos guia como ferramenta central para nela intervir; ao seu lado se coloca a Educação (em suas múltiplas formas), que é o veículo que o transporta para ser produzido e reproduzido.

IN: CORTELLA, Mario Sergio. A escola e o conhecimento: fundamentos epistemológicos e políticos. 13 ed. São Paulo: Cortez, 2009. (pp.35-39)

segunda-feira, 28 de março de 2011

Políticas Culturais: estratégia de desenvolvimento e empoderamento social

Em 2009 pude conhecer o Programa Mais Cultura - Ponto de Cultura. O EMCANTAR, instituição da qual faço parte desde 2001, iria se inscrever no edital de seleção de 100 Pontos de Cultura de Minas Gerais, via convênio entre Ministério da Cultura e Secretaria de Estado de Cultura.
Naquela ocasião, não tinha ainda dimensão de toda a fundamentação político-ideológica dos Pontos de Cultura. Já sabia que era uma estratégia importante para a descentralização cultural, mas ainda não conhecia de perto toda sua conceituação.

Em 2010, tive o prazer de conhecer pessoalmente Célio Turino - idealizador e empreendedor do programa que daria voz e vez aos pontos - , secretário do Ministério da Cultura na época, responsável pela Secretaria de Cidadania Cultural.
O vi falar no Fórum Mundial de Educação Infanto-Juvenil. Foi encantamento à primeira vista! Com poucas e belas palavras, ele falou sobre os Pontos de Cultura na abertura do evento.
Na parte da tarde haveria uma sala só para discussão do assunto.
Isso já me chamou a atenção. Um espaço para discussão sobre cultura em um fórum mundial de educação. Estamos avançando!
E, é claro, fui ouvir "mais de perto" o Célio falar. Lá ele explicou o que eram os Pontos de Cultura e algumas de suas frases me marcaram definitivamente.
Ele disse coisas que todos os que trabalham com projetos culturais em escolas, comunidades etc. já sabem intuitivamente, mas têm dificuldades de expressar (o que ele faz mto bem). Duas dessas marcantes foram:
- Educação e Cultura são bem-comum, assim como a água e o ar.
- Educação e Cultura são vetores imprescindíveis para o desenvolvimento social. Educação sem cultura se tecnifica. Cultura sem educação não se recria.
Pronto! Renovei minhas certezas em relação ao trabalho que eu e meus companheiros temos empreendidos no triângulo mineiro há 15 anos.
(Vale a pena destacar que nessa ocasião conheci também Aldo, companheiro de Célio na empreitada dos Pontos, senhor simpático, atencioso e cheio de coisas para nos ensinar...)

Agora em 2011, tive o prazer de estudar a proposta dos Pontos de Cultura. Acabo de ler "Ponto de Cultura - O Brasil de baixo para cima", da autoria de Célio Turino. E resolvi escrever no Partilha sobre a experiência que tive com essa leitura e a experiência do EMCANTAR (um ponto dessa rede), pois isso foi proposto pelo próprio autor, que continuassemos a escrever essa história.

A cada página que lia, um misto de emoção, esperança e reforço de minhas crenças rodeavam minha cabeça! A proposta empreendida por Célio Turino por meio do ministério é revolucionária e poética ao mesmo tempo. É dar à cultura o centro do pensamento político do país, lugar que merece ocupar, pois, é na vivência e na potência dela que se constrói uma nação!

Cultura como processo. Cultura como empoderamento. Cultura como formação. Cultura como sinônimo de cidadania. Cultura como Vida.

A proposta político-ideológica dos Pontos de Cultura parte do pressuposto que o Brasil precisa se (re)descobrir para se desenvolver. E é ouvindo os de baixos, aprendendo com sua generosidade, persistência, criatividade e coletividade, que vamos realmente construir um país para todos, em que os "filhos desse solo, és mãe gentil, pátria amada, Brasil" sejam plenos em sua terra.

O EMCANTAR foi reconhecido como Ponto de Cultura, via convênio com Secretaria de Estado de Cultura de Minas e Ministério da Cultura em 2010. Uma forma de potencializar suas ações culturais, pelas quais busca contribuir para a formação integral e desenvolvimento pessoal e social das pessoas que compartilham conosco um pouco do brincar de arte e, assim, poder "ser mais"!

A ação do EMCANTAR reconhecida como Ponto de Cultura é o processo de formação cultural pautado na experiência artística com alunos e educadores de escolas públicas. Desde 2002 desenvolvemos projetos em que a proposta é ampliar o repertório cultural e a leitura de mundo, bem como desenvolver as capacidades de expressão e criação dos participantes. Falando de outra forma... uma busca pelo encantamento pela vida e empoderamento, pelas veias da arte, dimensão constituidora do humano.
E ainda, de outra forma... brincar de arte, de conviver, de conhecer, de descobrir e de criar e, assim, dar voz e vez a crianças e educadores para que, com a literatura, a música, a brincadeira e as cênicas possam inventar histórias e escrever suas próprias Histórias.

Vou parando por aqui. E sugiro a todos que leiam o livro, assim como conheçam iniciativas de pontos espalhados pelo Brasil, pois acredito que dessa forma possamos ser humanos mais completos, que valorizam, vivenciam e potencializam aquilo que é nossa principal características: ser produtores de cultura!

E que outros brasileiros, cidadãos, espelhem-se em iniciativas como as de Célio, para que possamos construir uma nação justa, bela e humana.

Referências:

TURINO, Célio. Ponto de Cultura: o Brasil de baixo para cima. São Paulo: Anita Garibaldi, 2009.

www.emcantar.org

terça-feira, 22 de março de 2011

HORA DO PLANETA. Vamos dar pelo menos uma hora a ele....

1 bilhão de pessoas devem ficar às escuras*

No próximo dia 26 de março, pessoas do mundo inteiro vão ficar às escuras em protesto contra o aquecimento global e as mudanças climáticas durante a Hora do Planeta, ação promovida pela Rede WWF (Fundo Mundial pela Natureza, sigla em Inglês).

O ato simbólico conta com a participação de governos, empresas e voluntários de mais de 117 países. Casas, escritórios, empresas e monumentos famosos como o Cristo Redentor, a torre Eiffel e as pirâmides do Egito apagarão suas luzes das 20h30 às 21h30, na hora local de cada país.

Em sua quinta edição, a organização estima que mais de 1 bilhão de pessoas participem da manifestação em todo o mundo.

O movimento nasceu em Sydney em 2007, quando 2,2 milhões de pessoas permaneceram por 60 minutos no escuro para sensibilizar a opinião pública sobre o consumo excessivo de eletricidade e a poluição de dióxido de carbono. No ano seguinte, ganhou dimensão internacional.

O Brasil participou pela primeira vem em 2009. No ano passado, 98 cidades e 20 estados, além de empresas como a Telefônica, o Banco do Brasil e o Grupo Pão de Açúcar aderiram à iniciativa.

A novidade deste ano é a criação da plataforma "60+", que pretende envolver pessoas em iniciativas que ocorrem em várias partes do mundo, fortalecendo as ações coletivas no combate ao aquecimento global em longo prazo.

A ação no Brasi terá como foco a reciclagem. Segundo a WWF, a ideia é esclarecer e influenciar os brasileiros sobre a importância da separação e reciclagem de resíduos sólidos, com envolvimento de governos, empresas e cidadãos. A plataforma está disponível em português no site www.earthhour.org/beyondthehour .

*Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/empreendedorsocial/887418-1-bilhao-de-pessoas-devem-ficar-as-escuras.shtml

segunda-feira, 14 de março de 2011

Uma simples e singela homenagem

Vou utilizar o Partilha para divulgar e também aproveitar para prestar a minha homenagem ao Professor Antônio Carlos Gomes da Costa.
Abaixo a homenagem feita pela OPA - Organização para Proteção Ambiental a esse grande homem.



Tive o prazer de conhecer pessoalmente o professor em 2007.
Participei do curso Formação de Líderes para o Desenvolvimento Sustentável, organizado e ministrado por ele.
Foram cerca de 40 jovens entre 15 e 29 anos que puderam ter o privilégio de conviver e aprender com esse grande homem, e que passaram a pertencer sua "decendência pedagógia", como ele próprio dizia.

O curso, assim como todos os textos do professor, foram enriquecedores em minha trajetória de educadora e agente social.
Agradeço essa oportunidade e deixo meus sentimentos por essa partida, pois, com certeza, perdemos - todos os cidadãos brasileiros - muito.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Para reflexão! Leis ambientais são iguais para o campo e para a cidade?

A carta a seguir - tão somente adaptada por Barbasa Melo - foi escrita por Luciano Pizzatto que é engenheiro florestal, especialista em direito socioambiental e empresário, diretor de Parque Nacionais e Reservas do IBDF-IBAMA 88-89, detentor do primeiro Prêmio Nacional de Ecologia.*

Carta do Zé agricultor para Luis da cidade.



Prezado Luis, quanto tempo.


Eu sou o Zé, teu colega de ginásio noturno, que chegava atrasado, porque o transporte escolar do sítio sempre atrasava, lembra né? O Zé do sapato sujo? Tinha professor e colega que nunca entenderam que eu tinha de andar a pé mais de meia légua para pegar o caminhão por isso o sapato sujava.

Se não lembrou ainda eu te ajudo. Lembra do Zé Cochilo... hehehe, era eu. Quando eu descia do caminhão de volta pra casa, já era onze e meia da noite, e com a caminhada até em casa, quando eu ia dormi já era mais de meia-noite. De madrugada o pai precisava de ajuda pra tirar leite das vacas. Por isso eu só vivia com sono. Do Zé Cochilo você lembra né Luis?

Pois é. Estou pensando em mudar para viver ai na cidade que nem vocês. Não que seja ruim o sítio, aqui é bom. Muito mato, passarinho, ar puro... Só que acho que estou estragando muito a tua vida e a de teus amigos ai da cidade. To vendo todo mundo falar que nós da agricultura familiar estamos destruindo o meio ambiente.

Veja só. O sítio de pai, que agora é meu (não te contei, ele morreu e tive que parar de estudar) fica só a uma hora de distância da cidade. Todos os matutos daqui já têm luz em casa, mas eu continuo sem ter porque não se pode fincar os postes por dentro uma tal de APPA que criaram aqui na vizinhança.

Minha água é de um poço que meu avô cavou há muitos anos, uma maravilha, mas um homem do governo veio aqui e falou que tenho que fazer uma outorga da água e pagar uma taxa de uso, porque a água vai se acabar. Se ele falou deve ser verdade, né Luis?

Pra ajudar com as vacas de leite (o pai se foi, né .) contratei Juca, filho de um vizinho muito pobre aqui do lado. Carteira assinada, salário mínimo, tudo direitinho como o contador mandou. Ele morava aqui com nós num quarto dos fundos de casa. Comia com a gente, que nem da família. Mas vieram umas pessoas aqui, do sindicato e da Delegacia do Trabalho, elas falaram que se o Juca fosse tirar leite das vacas às 5 horas tinha que receber hora extra noturna, e que não podia trabalhar nem sábado nem domingo, mas as vacas daqui não sabem os dias da semana ai não param de fazer leite. Ô, bichos aí da cidade sabem se guiar pelo calendário?

Essas pessoas ainda foram ver o quarto de Juca, e disseram que o beliche tava 2 cm menor do que devia. Nossa! Eu não sei como encumpridar uma cama, só comprando outra né Luis? O candeeiro eles disseram que não podia acender no quarto, que tem que ser luz elétrica, que eu tenho que ter um gerador pra ter luz boa no quarto do Juca.

Disseram ainda que a comida que a gente fazia e comia juntos tinha que fazer parte do salário dele. Bom Luis, tive que pedir ao Juca pra voltar pra casa, desempregado, mas muito bem protegido pelos sindicatos, pelo fiscais e pelas leis. Mas eu acho que não deu muito certo. Semana passada me disseram que ele foi preso na cidade porque botou um chocolate no bolso no supermercado. Levaram ele pra delegacia, bateram nele e não apareceu nem sindicato nem fiscal do trabalho para acudi-lo.

Depois que o Juca saiu, eu e Marina (lembra dela, né? casei) tiramos o leite às 5 e meia, ai eu levo o leite de carroça até a beira da estrada onde o carro da cooperativa pega todo dia, isso se não chover. Se chover, perco o leite e dou aos porcos, ou melhor, eu dava, hoje eu jogo fora.

Os porcos eu não tenho mais, pois veio outro homem e disse que a distância do chiqueiro para o riacho não podia ser só 20 metros. Disse que eu tinha que derrubar tudo e só fazer chiqueiro depois dos 30 metros de distância do rio, e ainda tinha que fazer umas coisas pra proteger o rio, um tal de digestor. Achei que ele tava certo e disse que ia fazer, mas só que eu sozinho ia demorar uns trinta dia pra fazer, mesmo assim ele ainda me multou, e pra poder pagar eu tive que vender os porcos as madeiras e as telhas do chiqueiro, fiquei só com as vacas. O promotor disse que desta vez, por esse crime, ele não ai mandar me prender, mas me obrigou a dar 6 cestas básicas pro orfanato da cidade. Ô Luis, ai quando vocês sujam o rio também pagam multa grande né?

Agora pela água do meu poço eu até posso pagar, mas tô preocupado com a água do rio. Aqui agora o rio todo deve ser como o rio da capital, todo protegido, com mata ciliar dos dois lados. As vacas agora não podem chegar no rio pra não sujar, nem fazer erosão. Tudo vai ficar limpinho como os rios ai da cidade. A pocilga já acabou, as vacas não podem chegar perto. Só que alguma coisa tá errada, quando vou na capital nem vejo mata ciliar, nem rio limpo. Só vejo água fedida e lixo boiando pra todo lado.

Mas não é o povo da cidade que suja o rio, né Luis? Quem será? Aqui no mato agora quem sujar tem multa grande, e dá até prisão. Cortar árvore então, Nossa Senhora!. Tinha uma árvore grande ao lado de casa que murchou e tava morrendo, então resolvi derrubá-la para aproveitar a madeira antes dela cair por cima da casa.

Fui no escritório daqui pedir autorização, como não tinha ninguém, fui no Ibama da capital, preenchi uns papéis e voltei para esperar o fiscal vim fazer um laudo, para ver se depois podia autorizar. Passaram 8 meses e ninguém apareceu pra fazer o tal laudo ai eu vi que o pau ia cair em cima da casa e derrubei. Pronto! No outro dia chegou o fiscal e me multou. Já recebi uma intimação do Promotor porque virei criminoso reincidente. Primeiro foi os porcos, e agora foi o pau. Acho que desta vez vou ficar preso.

Tô preocupado Luis, pois no rádio deu que a nova lei vai dá multa de 500 a 20 mil reais por hectare e por dia. Calculei que se eu for multado eu perco o sítio numa semana. Então é melhor vender, e ir morar onde todo mundo cuida da ecologia. Vou para a cidade, ai tem luz, carro, comida, rio limpo. Olha, não quero fazer nada errado, só falei dessas coisas porque tenho certeza que a lei é pra todos.

Eu vou morar ai com vocês, Luis. Mais fique tranqüilo, vou usar o dinheiro da venda do sítio primeiro pra comprar essa tal de geladeira. Aqui no sitio eu tenho que pegar tudo na roça. Primeiro a gente planta, cultiva, limpa e só depois colhe pra levar pra casa. Ai é bom que vocês e só abrir a geladeira que tem tudo. Nem dá trabalho, nem planta, nem cuida de galinha, nem porco, nem vaca é só abri a geladeira que a comida tá lá, prontinha, fresquinha, sem precisá de nós, os criminosos aqui da roça.

Até mais Luis.

Ah, desculpe Luis, não pude mandar a carta com papel reciclado pois não existe por aqui, mas me aguarde até eu vender o sítio.

(Todos os fatos e situações de multas e exigências são baseados em dados verdadeiros. A sátira não visa atenuar responsabilidades, mas alertar o quanto o tratamento ambiental é desigual e discricionário entre o meio rural e o meio urbano.)

* Texto veiculado por email.