Em uma conversa entre amigas, fazendo reflexões sobre essa nossa vida, surgiu a indicação de um filme,"Charlie e eu", que tratava mais ou menos daquilo que estávamos falando. A mensagem do filme sobre a essência da vida e o segredo da felicidade era: Faça algo extraordinário sempre!
E aí, ficamos pensando, o que é fazer algo extraordinário? Chegamos juntas à conclusão de que algo extraordinário não é algo complexo, caro, altamente planejado, mas sim aquilo que faz e dá sentido à nossa vida! E ilumina nossa existência!
Esse final de semana foi extraordinário na minha vida! Estive com pessoas que amo, me divertindo, refletindo, passeando...
Então, resolvi compartilhar um texto que já conheço há algum tempo, o qual já trabalhei em diversas oficinas e que fez diferença na vida de muitas pessoas. Nele há exemplo de coisas extraordinárias que podemos fazer (ou que fazemos e não percebemos a grandeza) em nosso cotidiano.
Experiência*
Autor desconhecido. Texto vinculado por e-mail.
Já fiz cosquinha na minha irmão só para ela parar de chorar, já me queimei brincando com vela. Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto. Já conversei com o espelho e até já brinquei de ser bruxo. Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista.
Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora. Já passei trote por telefone. Já tomei banho de chuva e acabei me viciando. Já roubei beijo. Já confundi sentimentos. Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido.
Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro, já me cortei fazendo a barba apressado. Já chorei ouvindo música no ônibus. Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais difíceis de se esquecer. Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas, já subi em árvore para roubar fruta, já cai da escada de bunda.
Já fiz juras de amor eternas, já escrevi no muro da escola, já chorei sentado no chão do banheiro, já fugi de casa para sempre, e voltei no outro instante. Já corri pra não deixar alguém chorando, já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de um só. Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado, já me joguei na piscina sem vontade de voltar, já bebi uísque até sentir dormentes os meus lábios, já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei o meu lugar.
Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso, já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial. Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar. Já apostei em correr descalço na rua, já gritei de felicidade, já roubei rosas num enorme jardim. Já me apaixonei e achei que era pra sempre, mas sempre era um “pra sempre” pela metade. Já deitei na grama de madrugada e via a lua virar sol, já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão.
Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da emoção, guardados num baú, chamado coração. E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita: “Qual sua experiência?”. Essa pergunta ecoa no meu cérebro: experiência... experiência. Será que ser “plantador de sorrisos” é uma boa experiência? Não! Talvez eles não saibam ainda colher sonhos!
Agora gostaria de indagar uma pequena coisa para quem formulou esta pergunta: “Experiência? Quem a tem, se a todo momento tudo se renova?”
* Texto premiado em um processo de seleção da Volkswagen no qual os candidatos deveriam responder a seguinte pergunta: “Você tem experiência?”. O candidato autor foi aprovado e seu texto está fazendo sucesso até hoje. Com certeza será sempre lembrado por sua criatividade, sua poesia e acima de tudo por sua alma.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
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